domingo, 1 de julho de 2012

COMUNICAÇÃO COMO INSTRUMENTO BÁSICO EM ENFERMAGEM

Centro Territorial de Educação Profissional de Irecê Disciplina: Português Instrumental II Profª:Carla Veiga Bacharelado em Enfermagem ERIKA DORETTO BLAQUES COMUNICAÇÃO COMO INSTRUMENTO BÁSICO EM ENFERMAGEM INTRODUÇÃO Comunicação é o ato ou efeito de comunicar-se, processo de emissão, transmissão e recepção de mensagens por meio de métodos e/ou sistemas convencionados, com vista ao bem entendimento das pessoas. (dicionário Aurélio). A comunicação é uma to que se faz presente na vida mesmo antes do nascimento onde já estamos transmitindo e recebendo mensagens do meio externo. Ato este que envolve aspectos complexos que necessariamente precisam ser claros entre as pessoas que se comunicam para não gerar desentendimentos e não haver fracasso nas relações entre estas pessoas. A comunicação é motivo de estudos aprofundados em vários ramos do conhecimento, sendo a literatura extensa, e o assunto não esgotado, pois está sempre surgindo aspectos novos sob a mesma. Comunicação é a capacidade de trocar ou discutir idéias, de dialogar, de conversar com vistas ao bom relacionamento entre as pessoas. (FERREIRA apud CIANCIARULLO, 2003, p.61). Essa capacidade é uma habilidade que pode ou não desenvolver-se nas pessoas. O presente trabalho abordará os componentes quanto ao processo que é composto por emissor, receptor e mensagem. Abordará quais são as formas de comunicação sendo caracterizadas em verbal, não-verbal e paraverbal, onde também englobará as barreiras e as funções da comunicação. Quanto ao instrumento básico utilizado pela enfermagem o presente trabalho englobará a comunicação e a sua relação com os demais instrumentos utilizados pela enfermagem, o seu uso na assistência, na pesquisa e no ensino de enfermagem. COMPONENTES DA COMUNICAÇÃO Vamos viabilizar componentes dos aspectos de como desenvolver a habilidade de comunicar. A maioria dos autores refere que o meio de comunicação é composto por emissor, receptor e mensagem, onde o emissor é aquele que envia mensagens, já o receptor é o que recebe a mensagem de um modo fácil de entendê-la, mas existe necessidade para que ocorra um processo comunicativo, o receptor deve emitir uma resposta ao emissor, sendo assim, um enfermeiro faz o dois papéis emissor e receptor, para que o paciente receba e entenda a mensagem que lhe foi passada, se o receptor não entender a idéia que lhe foi transmitida, a comunicação efetiva não ocorre. FORMAS DE COMUNICAÇÃO A comunicação é realizada em três formas: verbal, não-verbal e paraverbal. A comunicação verbal refere-se a linguagem falada e/ou escrita, fortemente influenciada por pessoas que tem origem a própria linguagem. A comunicação não-verbal refere-se a cinésia (parte da ciência que estuda o comportamento cinético do corpo), toque e territorialidade, traduz a linguagem transparente do corpo, particularmente não temos consciência da nossa comunicação não-verbal. A expressão facial é uma forma de demonstrar a linguagem transparente, a mensagem é transmitida e recebida pelos órgãos do sentido, ganha importância no processo comunicativo. Podemos concluir que a comunicação verbal e não-verbal podem provocar equívocos entre o emissor e o receptor, pois um receptor desatento não pode, não consegue captar toda a mensagem se não observar além das palavras do emissor. A cinésia mostra que se atentarmos a postura corporal e expressões corporais de nosso interlocutor nossa comunicação terá mais chances de se tornar efetiva. (CIANCIARULLO, 2003, p. 64) Tocar pode ser diferente dependendo da pessoa, da cultura e do contexto. A territorialidade é o espaço além do nosso corpo, onde esta distância pode influenciar e definir o tipo de envolvimento de comunicação que queremos estabelecer. Outra forma de comunicação é a chamada paraverbal ou paralinguística, que refere-se ao tom de voz, ritmo, suspiros e período de silêncio. Dessa forma as conversas estão compostas pelo o que queremos dizer e como queremos ser entendidos. BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO Percebemos que se não estivermos atentos a todas as formas de comunicação este processo comunicativo não ocorre, causando frustração aos interlocutores. Barreira da comunicação nada mais é do que a falta de capacidade de concentração, limitação do emissor/receptor, influência de mecanismos inconscientes. FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO Esta tem a função de promover relacionamento entre as pessoas para a busca de entendimento e soluções, senão houver participação entre emissor e receptor não existe mudança de comportamento e crescimento das relações interpessoais. A COMUNICAÇÃO COMO INSTRUMENTO BÁSICO URILIZADO PELA ENFERMAGEM E SUA RELAÇÃO COM OS DEMAIS INSTRUMENTOS Tudo o que foi descrito até agora está e se faz presente na vida do enfermeiro, precisamos enfatizar que a comunicação é uma ferramenta para desenvolver e aperfeiçoar o saber fazer profissional. O processo cuidar de um ser é complexo e para a comunicação com este é preciso considerar valores e crenças, estabelecendo um relacionamento empático. O profissional não atento a comunicação paraverbal e não-verbal pode interpretar incorretamente o padrão de resposta do paciente, o relacionamento se constitui em teoria de comunicação. Todo o planejamento de assistência é comunicado pela linguagem escrita ou falada, sendo o objetivo das mensagens compartilhados por todos. A avaliação fornece subsídios para a adequação e definir objetivos a serem alcançados. O enfermeiro também cria novas maneiras para se comunicar com o paciente. Habilidade psicomotora de certa forma não-verbal é a nossa identidade profissional que fica traduzida como movimentos no espaço enquanto agimos, geralmente o paciente associa este fato com competência.A comunicação terapêutica segue o método científico Como levantamentos de hipóteses a serem confirmadas, é um processo de compreender o comportamento das pessoas nela envolvidas. O USO DA COMUNICAÇÃO NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM O papel do enfermeiro não restringe-se a executar técnicas e/ou procedimentos, mais que isso, desenvolve a habilidade de comunicação que satisfaz a necessidade do paciente. Mostrar a interação favorece um cuidado personalizado, onde não ocorre comportamento de autoridade e desrespeito por parte do enfermeiro em relação ao paciente. Portanto apelidos ou frases que não convém acabam provocando afastamento do paciente, dificultando a comunicação. Quanto a comunicação não-verbal o toque pode ser o mais importante de todos,porém nem sempre tem o mesmo significado para o paciente. Todas as ações devem ser documentadas na maioria dos serviços por escrita, em termos corretos, precisão e exatidão, além disso é um documento legal que retrata a qualidade de assistência. Para sistematizar a assistência a primeira etapa é a interação com o paciente, colhendo dados seja qual for o referencial teórico. Anotações estas que são lidas por médicos e enfermeiros, e toda equipe de enfermagem, sendo julgadas para a avaliação do paciente, como fonte de investigação. A COMUNICAÇÃO E A PESQUISA EM ENFERMAGEM A comunicação é um tema complexo com importância na qualidade em assistência por ser direta ou indiretamente associada ao cuidado de enfermagem. Nos cursos de pós-graduação no Brasil existem linhas de pesquisa e disciplinas referentes a comunicação em enfermagem. A COMUNICAÇÃO E O ENSINO DE ENFERMAGEM Este tema encontra-se presente na maioria dos currículos das Escolas de Enfermagem no Brasil desde 1970. A comunicação enfoca desde o primeiro ano de graduação em todas as disciplinas como sendo um instrumento básico pela enfermagem, além do conhecimento teórico para que o aluno desenvolva habilidade e experiência. O ensino e desenvolvimento não se esgota no contexto escolar,os estudos mostram que o enfermeiro com pouco conhecimento na comunicação não-verbal e paraverbal pode com esforço, dedicação e estudos aprimorar-se nesta habilidade. Esta habilidade pode e deve ser desenvolvida durante toda a nossa vida, tanto profissional quanto pessoal. CONCLUSÃO Através do presente trabalho conclui-se que o processo comunicativo varia em aspectos que devem ser considerados e desenvolvidos como habilidades pelo Enfermeiro. É uma ferramenta e/ou instrumento que garante a qualidade do processo de cuidar. Quanto mais o enfermeiro se apropria deste processo, ele viabiliza e potencializa uma relação interpessoal que denota um cuidado personalizado para demonstrar o comprometimento com o paciente. Os componentes da comunicação implicam em uma série de aspectos complexos, podendo levar ao fracasso ou ao sucesso na relação entre enfermeiro e paciente.

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